Nas noites mais iluminadas, Ele renasce sempre.

Não. Não era uma vez…

É uma noite, noite em que se podia perceber no ar, na atmosfera que envolvia o planeta Terra uma expectativa de que um acontecimento, uma inesperada, ou intimamente esperada surpresa caminhava no espaço para se oferecer ao mundo. Nas noite mais iluminadas, Ele renasce sempre.

 

Em verdade as noites têm algo assim de surpreendente.  Elas nos levam para o sonho, para a expectativa do Bem.  Nos acolhem com seu manto crepitado de estrelas, espalhadas na harmonia com que Deus nos presenteia.

Em um anoitecer assim, nas casas, portas e janelas abertas começava a entrar uma energia de esperança, um perfume novo. 

Um sentimento e vontade de ir a certa estalagem movia os passos dos mais humildes seres cujo coração entrava a receber um chamado, motivando uma recusa a permanecerem em seus afazeres cotidianos.

Uma menina de nome Madalena, que morava perto daquela estalagem, sai de sua casa.  Nota uma luz que parece se aproximar mais e mais.  Além disso, uma estrela risca um percurso no espaço na direção em que ela se apressa a correr.

Ao chegar em um estábulo que ficava naquele alojamento, surpreende-se com um casal próximo a uma manjedoura.  Atônita, volta seus passos e corre a chamar seus irmãos João e Pedro insistindo que a acompanhem.  João chega primeiro.  No entanto, enquanto seus dois irmãos conversavam, Madalena percebe que sobre a manjedoura do estábulo encontra-se um menino envolvido na luz que ela vira descendo à Terra!

Pois esta Luz que emana desse Ser, crescerá a tal ponto de envolver toda a Terra a fazê-la brilhar tanto que espalhará pelos universos a Fraternidade, o Bem Maior e a Justiça justificando assim a curta vida na matéria entre nós que viveu o menino.

Quando visitamos as noites estreladas, no silêncio dos perfumes noturnos, no chamado que pulsa em nossas mentes, sabemos que o menino que cresceu entre nós vive ainda e sempre. E assim, nas noite mais iluminadas, Ele renasce sempre.

 

Carlos de Hollanda

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