Não haveria a Cruz

NÃO HAVERIA A CRUZ

 
Um ciclo se fecha. Ciclo de trinta e três anos. Uma vida entre nós. Caminheiro que foi, ensinando o Bem, confortando os infelizes mas confrontando os opressores. Curando nossos males do corpo, as mazelas do Espírito.
 
Veio ao planeta que engendrada, que sempre governara. Veio nas luzes da Esperança. Era ele a própria Esperança, a Luz. Traçara nossos caminhos. Dizia a Verdade. Trouxera a Vida.
Iluminava as noites de seus dias entre nós. 
Me ponho a imaginar encontrá-lo, ter seu olhar em mim. Ou correr até onde estava. Ouvir sua voz, acompanhar enternecido seus gestos. Caminhar seus passos.
Estar no caminho que ele caminhara. No tempo da Esperança.
Um tempo em que tudo poderia ter mudado. Um tempo novo entrando na Terra.
Todos a ouvir suas palavras. Aceitando segui-las. Mudando nossos passos.
Abrindo as portas da vida nova desde aqueles dias.
O mundo novo apoiado em nosso respeito, na fraternidade.
E ele entre nós. Ele, aceito por todos.
 
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Depois do que houve na Cruz
 
Era um caminho qualquer. Que leva passos e conversações sobre fatos e ideias. E duas pessoas nele se põem desolados a um encontro dirigirem-se.
Alguém, que a eles conduzia, deitado no eterno sono em espaço cavado na pedra supostamente restava.
E os dois caminhantes lá se iam quando alguém surgido ao lado a eles se dirigiu. 
E quis saber do que falavam de tal forma tão alterada. 
E vem a saber que era de um ser de pura bondade, que para o Bem foi nascido.
Curava dores do corpo e das almas conturbadas. Doutrinava infelizes Espíritos desencarnados, confusos e cobradores de dívidas de outras vidas.
E, traído por um povo que dele só bondade, curas e caridade recebia, cravado no madeiro em cruz perdera a vida na matéria.
Perdidos e confusos seus amigos mais frequentes seguiam…
Aquele ao lado deles pergunta se pode com eles ir onde vão. 
Sem saberem direito o porquê, concordam.
No meio de alguns reunidos, o estranho pede que o ouçam e inicia sua fala:
– Eis que aqui me encontro e devo dizer que aquele de quem a morte lamentam, vivo está embora na vida verdadeira: sou eu!
Como alguém  que será classificado como Espírito Puro, realizei fenômenos entre vocês que ainda não podem fazê-los.
Assim, assumi um corpo de carne para me tornar igual a todos destes tempos. Sofri uma morte sofrida, sim. Mas o que se desfez foi um corpo de matéria. Aqui estou em um corpo inconcebível para vocês. 
Cumpriu-se o determinado pelo Pai.
Sou a prova viva da continuação da vida na Vida verdadeira.
 
 

Autor Carlos de Hollanda

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