Família é coisa de Deus

Família é coisa de Deus

Carlos F. de Hollanda

 

 

Família é coisa de Deus. Assim me disse Antônio Firmino, meu amigo, adulto de profunda amizade, em meus cinco anos de vida…  

Ele compunha um grupo que eu unia a meus parentes, antecipando ao que, mais tarde, compreenderia nas palavras do Amigo Maior. A partir desta precisa verdade, me ponho a estender a plantação daquela semente da Verdade.

O lar é o templo da família. Os filhos são empréstimos divinos para a construção do futuro ditoso. Todo o tempo possível deve ser aplicado na convivência familiar, através dos diálogos, dos exemplos, tomando-se o método mais eficaz de educação (Joanna de Ângelis – Vida Feliz)

Família é uma consequência necessária para nuclear a base das mais íntimas relações pessoais.  Nela iniciam-se o aprendizado e o desenvolver das virtudes, tais a prática da fraternidade. a paciência, adequação às diferenças, aceitação de Espíritos reencarnantes, cooperação mútua. 

A Questão 774 do Livro dos Espíritos diz que “(…) Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza.”

Espíritos reencarnantes em geral aportarão entre nós como nossos familiares, seja por laços sanguíneos, seja – como veremos adiante – pelo encontro necessário com componentes da imensa família humana.  

Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais.
Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; (…) (Cap. XIV item 8. –  O Livro dos Espíritos)

Avós, mães e pais geram a sequência de costumes.  Através de tal seguimento, vão-se atualizando e aprimorando os costumes, contudo sempre mantendo raízes com os ditos matriarcas e patriarcas. 

Seria muito enriquecedor longas conversas com ascendentes porque muito têm eles como arquivo de memórias, principalmente se oriundos de outros estados brasileiros ou países. 

A família consagüínea, entre os homens, pode ser apreciada como o centro essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve. (Emmanuel – Pensamento e Vida.)

Uma família inicia-se naturalmente pela união de dois seres, independente de seus sexos.  Tal junção vem a ser gerada por meio de laços afetivos, atração muitas vezes determinadas ou combinadas ainda no Plano Espiritual.

No entanto, família na realidade é um agrupamento mais abrangente.  Aprendemos tal verdade com nosso Irmão Maior.  A humanidade, assim, forma uma imensa família e, caso essa condição se tornasse a essência nucleal entre os povos, a Paz tão disseminada pelo Sublime Peregrino haveria de ser presente entre nós.

Pelo seguimento, pela adoção desta advertência do Eterno Pastor muito avançaria a humanidade nas pegadas da Paz, conduzida pela aceitação das diferenças –  diferenças étnicas, culturais, econômicas, sexuais, de costumes enfim. 

Portanto é imprescindível que, a partir do núcleo familiar, haja o movimento para fora, para fraternizarmo-nos com os irmãos da família ansiada pelo Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

 

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